3 de dezembro de 2025
Tudo o que você precisa saber para validar ideias e criar produtos que realmente funcionam
Marketing e Vendas
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O que é um MVP e por que ele é essencial?

MVP significa Minimum Viable Product, ou Produto Mínimo Viável.
É a versão mais simples e funcional de um produto, criada para testar uma hipótese de negócio com o menor investimento possível.

Em vez de gastar meses (ou anos) construindo algo completo, você desenvolve uma versão mínima, coloca no mercado e observa:

  • As pessoas realmente precisam disso?

  • Elas pagariam por isso?

  • Há engajamento suficiente para evoluir o produto?

  • A solução resolve o problema de verdade?

Essa abordagem permite aprender com o usuário antes de investir pesado, reduzindo falhas e acelerando descobertas.

A origem do conceito MVP

O conceito foi popularizado por Eric Ries, autor de The Lean Startup, e tem base no pensamento enxuto (Lean Thinking). A ideia central é: pare de construir no escuro e comece a validar no mundo real.

Para Ries, um MVP deve:

  • Gerar aprendizado real sobre o usuário.

  • Ser rápido e barato de construir.

  • Reduzir incertezas de mercado.

Incentivar ciclos curtos de teste e melhoria.

Por que o MVP economiza tempo, dinheiro e reduz riscos?

Imagine investir meses criando um app completo, cheio de funcionalidades.
Quando lança… ninguém usa. A dor não era real. A solução não fazia sentido. A comunicação não estava clara.

O MVP evita isso.

Ele permite que você:

✔ Teste a ideia antes de investir alto

Descobre se existe demanda real.

✔ Valide a proposta de valor

O produto resolve uma dor importante? O público percebe valor?

✔ Reduza erros de construção

Sem desperdício de funcionalidades que ninguém vai usar.

✔ Ajuste rapidamente o rumo

Mais aprendizado, menos achismo.

✔ Economize recursos

Tempo, dinheiro, equipe e energia são direcionados de forma inteligente.



Principais tipos de MVP

Existem muitos formatos de MVP, e cada um atende a um estágio ou necessidade diferente do projeto. Aqui estão os mais utilizados:


1. Concierge MVP

Você entrega o serviço manualmente, sem tecnologia.
É a forma mais simples de testar se as pessoas querem sua solução.

Exemplo:
Antes de desenvolver uma plataforma de personal trainer online, você atende manualmente via WhatsApp, cria treinos no Excel e avalia a demanda.



2. Wizard of Oz MVP

O usuário acredita estar usando um sistema automatizado, mas tudo é feito nos bastidores por pessoas.

É o “mágico da cortina” — o cliente vê tecnologia, mas você ainda não a construiu.

Exemplo:
O Zappos começou assim: o fundador tirava fotos de sapatos em lojas, colocava online e, quando vendia, ia pessoalmente comprar e enviar.



3. Landing Page MVP

Crie uma página simples explicando o produto e medindo interesse:

  • Cliques

  • Cadastros

  • Lista de espera

  • Pré-vendas

Exemplo:
O Dropbox validou sua demanda com um vídeo e uma landing page antes de desenvolver o software completo.



4. Protótipo funcional

Uma versão simplificada do produto, com poucas funções, só o suficiente para demonstrar valor.

Exemplo:
Primeiras versões do Nubank, que ofereciam apenas o cartão e o controle básico do aplicativo.



5. Vídeo MVP

Quando é difícil explicar a funcionalidade, um vídeo demonstra como o produto funciona.

Exemplo:
O Dropbox viralizou seu vídeo MVP, comprovando que as pessoas queriam a solução.



6. Mockups e protótipos visuais

Telinhas clicáveis, protótipos no Figma, wireframes e demonstrações de interface.

Funcionam bem para:

  • aplicativos

  • plataformas

  • softwares B2B


7. MVP de uma única funcionalidade

É quando você lança apenas a função essencial, aquela que entrega o core value.

Exemplo:
O Uber começou com uma única função: chamar um carro via aplicativo.
Sem categorias, sem meios de pagamento múltiplos, sem inovações extras.



Exemplos reais de MVPs que se tornaram gigantes

Airbnb

Começou alugando um colchão inflável na sala dos fundadores. O objetivo era validar se pessoas pagariam para dormir na casa de desconhecidos.


Dropbox

Mostrou apenas um vídeo explicando como o software funcionaria. Validou milhares de interessados antes de criar qualquer tecnologia.


Uber

A primeira versão era simples, atendendo apenas San Francisco com carros pretos premium.


Nubank

Começou com lista de espera e um cartão de crédito sem anuidade. Só depois expandiu para conta, investimentos, empréstimos e mais.



Como criar um MVP: passo a passo prático

1. Identifique o problema real do cliente

Pergunte-se: qual dor esse produto resolve?
Quanto maior a urgência da dor, maior a chance de adoção.


2. Defina a proposta de valor

O que faz seu produto ser diferente?
Por que alguém escolheria sua solução?


3. Escolha o tipo de MVP

  • é serviço manual?

  • é vídeo?

  • é landing page?

  • é protótipo funcional?

Use o formato mais rápido e barato que permita testes reais.


4. Construa o mínimo necessário

Não adicione funções que não sejam essenciais para validar a hipótese principal.


5. Teste com usuários reais

Mostre para pessoas do seu público, colete impressões e observe comportamentos.
Lembre-se: feedback real vale mais do que opinião interna.


6. Colete feedback estruturado

Pergunte:

  • O que mais gostou?

  • O que menos gostou?

  • Pagaria por isso? Quanto?

  • Usaria de novo?

  • O produto resolve sua dor?


7. Itere e melhore

Após os testes, refine seu MVP, corrija rotas e melhore a experiência.
MVP não é produto final, ele está em constante evolução.


Erros mais comuns ao criar um MVP (e como evitá-los)

❌ Criar algo complexo demais

Evite: adicionar funções que não servem para validar a hipótese.
Faça: foque no essencial.

❌ Ignorar feedback do usuário

Construir com base no que você acha é um erro caro.

❌ Validar com pessoas que não são o público

Família e amigos não contam, eles não querem te magoar.

❌ Desistir rápido demais

MVP exige ciclos, ajustes e persistência.

❌ Não medir nada

Sem métricas, você não sabe o que funciona.

Quando transformar o MVP em produto final?

Você está pronto para evoluir quando:

  • Existe demanda real e crescente

  • Os usuários estão dispostos a pagar

  • A retenção está aumentando

  • O core value foi comprovado

  • O feedback mostra oportunidades claras de expansão

Se esses pontos são verdadeiros, é hora de transformar o MVP em produto, com tecnologia, recursos e funcionalidades robustas.


Conclusão: Seu projeto está pronto para ser testado no mercado?

O MVP não é uma versão “pobre” do produto.
Ele é uma estratégia inteligente, que permite validar, aprender, ajustar e evoluir com menos risco e mais clareza.

Ao adotar essa abordagem, você:

  • acelera lançamentos

  • valida ideias com precisão

  • economiza investimentos altos

  • aprende diretamente com o usuário

  • constrói produtos que realmente resolvem problemas

E então: seu projeto está pronto para ser testado no mercado?